Essa semana comecei desafiada a ignorar gente idiota e a aprender com gente simples.
Foi assim que depois de uma apresentação de capoeira, na verdade puxada de rede,
chovia e acabamos por aportar na casa de uma família simplesmente simples.
Caso alguém aqui venha ler; desculpe a redundância.
Mas é fato, portanto cabe;
e como poeta que sou, cabe mais ainda, querendo ou não os letrados.
O lugar era longe e a família que escolhi para amar por lá já passo em dezembro último quando
em Pasargada me ver veio... Areinha...
Casa grande e simples, porém limpa, organizada.
Pessoas humildes e acolhedoras.
A avó limpava peixe sossegadamente. Fomos levados a cozinha que fica do outro lado do corredor, separada da casa pela área de serviço e há um motivo para tal. É que o casal não abriu mão de ter o
fogão à lenha, isso daqueles antigos de verdade.
Logo meu marido recebeu um copo de vinho e nós dois tivemos pratos às mãos para nos servirmos de
moqueca , arroz a grega e batatas douradas ao forno.
De pé comemos, e de pé conversando víamos tudo que nos era mostrado por eles com alegria quase infantil.
Só ai que olhei para o computador que exibia a filmagem da apresentação da puxada de rede que me dei conta que já eram onze e trinta! Deus! Perdi a hora do trabalho! Coisa rara de acontecer, pois poucas vezes em entrego aos momentos de epifania, como me ensinou a saber que são com meu querido amigo Rodrigo.
Logo estávamos de volta a tal civilização e pude me cumprir as tarefas que deveriam ter sido postas em dia
e se possível adiantadas.
Mas como eu sei bem que a vida é muito mais que o pão que mata a fome e que não tem preço ver o esposo feliz e louco para ligar e contar um pouco do que viu e viveu nessa manhã para o amigo que por esposa tem a encantadora Moça dos olhos da Cor da Mata e por filha a bela pequena que tem ares de jovem.
Assim esquecida dos idiotas que citei no inicio desse texto,
fecho o dia tranquila e satisfeita tendo a certeza que valeu
a pena viver esse hoje que
logo será ontem.
2310 1308012 seg
